Em Pano, Pedaços de Terra Céu e Mar

Pedaços pululantes de terra céu e mar

Vísceras de um orgânico murmurejando rasgos de estranhos materiais onde o não humano grita e estanca feridas de doce nostalgia de encantamentos de mar azulando em seus aquosos movimentos não petrificados em permanente inacabamento de matérias de memória em erupção. Lesmolisas joyceanas, peixes que são dardos, sombras de tempos áureos de natureza transbordante, não mais, só nos resta refazer o nascimento do universo.

Assim é o que Flávia Fernandes nos mostra, o eterno refazer do mágico, nesta precisão necessária qu a natureza constrói. Matéria buscando formas móveis mutação como forma de ser, marcas de um animismo constituinte. Extratos de vidas, erupçãde vulcões, larvas dançantes, brincantes, recortadas em cores de terra, céu e mar. Bichos misteriosos,marcados por antropomorfismos lúdicos e desesperados, entranhas misturadas, melecadas.

O entrecorte do arame, restolho vivificante . Inumano que germina e cria. Luta entre forma e não forma, entre o humano e o inumano, trabalho com o paradoxo de um mundo dilacerado, de uma natureza ameaçada, de uma busca de liberdade na expressão que nos afeta, Flávia Fernandes constrói mundos de sonho, estranhas temporalidades em superposição simultânea, grito a favor da vida em um mundo cada vez mais atonal.

Exposição individual, realizada no Museu de Arte de Joinville, de 9 a  27 de julho de 1999 e também no Museu do Estado do Pará, no ano 2000
Pedaços pululantes de terra céu e mar.
Mirian Chnaiderman

Jumpy pieces of land, sky, and sea. Vísceras of an organic one murmuring rips of material strangers where the not human one cries out and stanches wounded of candy nostalgia of enchantments of sea coloring blue in its watery movements not petrified in permanent unfinish of substances of memory in eruption. Lesmolisas from Joyce, fish that are darts, shades of golden times of transbordant nature, not more, only in remains them to remake the birth of the universe. Thus it is what Flávia Fernandes in the sample, the perpetual one to remake of the magician, in this necessary precision the nature constructs. Substance searching mobile forms mutation as a form of being, marks of constituent animism. Extracts of lives, volcanos eruption, dancers, playful, larva, cut in colors of land, sky, and sea. Mysterious animals, marked for anthropomorphisms playful and desperate, mixed viscera, mushed. Between cut of the wire, rest vivifying. Inhuman that it germinates and it creates. Fight between form and not form, the human being and the inhuman one, work with the paradox of a dilacerated world, of a threatening nature, a search of freedom in the expression that it affects them, Flávia Fernandes constructs worlds of dream, strangers temporalities in simultaneous overlapping, shout in favor of the life in a world each atonal time.

Mirian Chnaiderman

Text for individual Exposition, carried through in the Museu de Arte de Joinville-9 27/7de 1999 and in the Museu do Estado do Pará – year 2000

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